Apoio da AASE em
projeto de Iniciação cientifica sobre Educação ambiental, Ecologia e Qualidade da Água das nascentes do
Monumento Natural Serra do Elefante
Em julho de 2012, iniciou-se em Mateus Leme, um
importante projeto ambiental com o nome Educação ambiental, Ecologia e
Qualidade da Água das nascentes da (do Monumento Natural) Serra do Elefante.
O projeto faz parte de uma pesquisa de Iniciação científica que tem por objetivos
investigar a percepção e Educação Ambiental dos cidadãos de Mateus Leme a
respeito da Serra do Elefante, além de analisar as características ecológicas,
físico-químicas e microbiológicas das nascentes existentes na Unidade de
Conservação. O foco do projeto é levar à população conhecimento e
conscientização a respeito da importância de se preservar a biodiversidade
natural existente no Monumento Natural da cidade.
Pesquisadoras de Iniciação Científica do projeto. Morgana e Gabriela. |
A inspiração para desenvolvimento do projeto surgiu pelo
pensamento ecológico e pela vontade de fazer ciência de duas adolescentes de
Azurita (Gabriela Oliveira Assunção e Morgana Súelen Oliveira Vilaça) e pelas
biólogas Fernanda Aires Guedes Ferreira e Dirce de Oliveira. O projeto tem a
importantíssima colaboração, apoio e amizade da Associação Amigos da Serra do
Elefante que além de fornecer subsídios para a continuidade da pesquisa oferece
segurança e suporte para as inúmeras visitas às nascentes da Serra.
Equipe do projeto: Morgana, Fernanda, Gabriela e Dirce (esquerda para direita) |
Equipe AASE. |
Pesquisar para conservar: a importância de fomentar projetos de
pesquisa na Serra do Elefante
A Unidade de Conservação Serra
do Elefante foi criada em 2008 na categoria Monumento Natural. Esta criação
deveu-se à biodiversidade e ao sistema dinâmico de duas microbacias existentes
no local: o Ribeirão Mateus Leme e o Córrego Boa Vista, essas unidades
hidrográficas interagem com diferentes componentes do ambiente, como solo,
vegetação, fauna, e principalmente, o homem.
A estruturação
de projetos de pesquisa é o primeiro grande passo para promover a preservação
da biodiversidade existente numa Unidade de Conservação. A pesquisa fornece
subsídios para que a criação de uma unidade conservação ultrapasse as premissas
iniciais de delimitar uma área e normatizá-la. Hoje sabe-se, que somente
delimitar uma área de conservação não é o suficiente para cumprir o objetivo
conservacionista para a qual ela foi criada, faz-se necessário uma gestão
eficaz. Um dos pilares essenciais para essa finalidade é o conhecimento
técnico-científico e sua aplicação, ou seja, é necessário conhecer para preservar.
Sabendo, portanto, da importância de
se conhecer de forma técnico cientifica um espaço de conservação como é a Serra
do Elefante, o projeto Educação
ambiental, Ecologia e Qualidade da Água das nascentes da (do Monumento Natural)
Serra do Elefante pretende fornecer dados científicos para que todos os
seguimentos da sociedade possam saber a respeito da Unidade de Conservação
existente na cidade, afinal são pequenas gestos feitos por cada um de nos que
podem preservar a vida de todo o planeta.
Mensagem escolhida pelas alunas Gabriela e Morgana como inspiração para
o desenvolvimento do projeto:
“Tal como uma pequena
semente guarda dentro de si a essência de uma bela árvore. Pequenos gestos de
nossa parte podem preservar a vida de todo um planeta.”
(Iolanda F. Sigrist)
Conhecendo a pesquisa do projeto: Educação ambiental, Ecologia e
Qualidade da Água das nascentes da (do Monumento Natural) Serra do Elefante
O projeto tem três grandes propostas:
1- Avaliar a qualidade da água de todas as nascentes encontradas nos 801,47 hectares da U.C Monumento
Natural Serra do Elefante.
Para isso estão
sendo realizados diversos testes físico-químicos, tais como:
·
Alcalinidade
·
Dureza
·
Cloretos
·
O2 dissolvido e
DBO (Demanda Bioquímica do Oxigênio)
·
Temperatura
·
Turbidez
·
pH
·
Ferro
·
Amônia
·
Ortofosfato
Estão sendo
realizados, também, testes microbiológicos para quantificar a presença de Salmonella e Coliformes Fecais e totais na
água.
Com os
resultados físico-químicos e microbiológicos será possível conhecer a situação
atual das nascentes e com isso agir para acabar com as fontes de devastação das
mesmas.
Pesquisadores do projeto realizando testes físico-químicos |
Pesquisadoras Gabriela e Morgana fazendo análises Físico-químicas. |
Pesquisadora Morgana
na nascente da cachoeira fazendo medições de pH.
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2. Conhecer a biodiversidade e
Ecologia das nascentes e seu entorno.
Juntamente com as análises de
qualidade da água também está sendo analisada a biodiversidade microscópica das
águas das nascentes. Esta parte da pesquisa será incorporada num futuro
catalogo que será criado sobre Serra do Elefante.
Está sendo
conferida também o estado de conservação e o tamanho da zona riparia que é a
área de mata nativa do entorno de uma nascente, de acordo com a lei de
preservação de corpos d’água a zona ripária de uma nascente deve ser superior a
50 metros para a conservação mínima.
Figura a: Alga Stauroneis sp.
Figura b: Alga Eunotia sp.
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Pegada encontrada próxima a uma das nascentes. |
3 – Promover ações de Educação Ambiental
Para conhecer a percepção da população de Mateus Leme sobre a Serra do
Elefante foram feitas entrevistas com 150 moradores.
Pretende-se
também após os resultados da pesquisa promover palestras, encontros, concursos
e produção de material didático-científico sobre a Serra do Elefante.
Pesquisadora Gabriela fazendo entrevista com uma moradora de Mateus Leme. |
Pesquisadora Morgana
fazendo entrevista com uma moradora de Mateus Leme.
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O Futuro do projeto:
Toda a pesquisa
em andamento será submetida à participação na Feira Brasileira de Ciências e
Engenharia que acontecerá em março de 2013 na USP - Universidade de São Paulo.
Além da divulgação e ação ambiental para todos os moradores de Mateus Leme.
Educação ambiental, Ecologia e Qualidade da Água das
nascentes (do Monumento Natural) Serra do Elefante
Pesquisadoras de Iniciação científica:
Gabriela
Oliveira Assunção
Morgana Súelen
Oliveira Vilaça
Orientadora do projeto:
Fernanda Aires Guedes
Ferreira (professora e bióloga)
Co-orientadora:
Dirce de Oliveira
(bióloga)
Instituição fomentadora:
Associação Amigos da
Serra do Elefante