O Parque Estadual do Rio Doce (PERD) está situado na porção sudoeste do Estado de Minas Gerais, a 248 km de Belo Horizonte, na região do Vale do Aço, inserido nos municípios de Marliéria, Dionísio e Timóteo. A unidade de conservação abriga a maior floresta tropical de Minas, em seus 36.970 hectares e é a primeira unidade de conservação estadual criada em Minas Gerais. O Decreto Lei nº 1.119, que criou oficialmente o Parque, foi assinado 14 de julho de 1944 (IEF, 2009).
O PERD é o terceiro maior sistema lacustre brasileiro, formado por um conjunto de 130 lagos naturais nos mais diversos estágios de trofia. O Parque vem sendo objeto de vários estudos ambientais que visam, basicamente, avaliar seus habitats e ecossistemas, considerando, principalmente, os inúmeros impactos antrópicos de seu entorno (TUNDISI & SAIJO, 1997).
De maneira geral, grande parte dos corpos de água que compõem o sistema de lagos tem sofrido algum tipo de impacto, seja pelo uso da água ou pela modificação da paisagem. Apenas na área onde se encontra o Parque as lagoas estão preservadas. Nos entornos do PERD encontram-se áreas submetidas a impactos antrópicos variados. Destacam-se áreas ocupadas por extensas plantações de Eucalyptus sp para atender à indústria siderúrgica e, mais recentemente, à de celulose. A área restante é ocupada por pastagens e culturas diversificadas. Adicionalmente, há ainda a poluição das águas pela carga considerável de esgotos domésticos e industriais.
Anualmente os mestrando e doutorando em Ecologia, Conservação e Manejo da Vida Silvestre da UFMG fazem uma disciplina de campo no PERD Parque Estadual do Rio Doce. Neste momento está acontecendo a disciplina 2011 e acima deixo algumas fotos das primeiras belezas cênicas que estamos apreciando.