Cianobactérias - Phycology de Robert Edward Lee - Parte 1

Deixo nesta postagem a importante tradução do capítulo 2 do livro Phycology de Robert Edward Lee





Cianobactérias

As cianofíceas ou algas azuis-verdes, são chamadas hoje de Cianobactérias (Bactérias verdes-azuis). O termo cianobactéria advém por serem algas procariotas comparado-as as demais que são eucariotas. Por 25 anos pensavam-se que estes seres teriam aproximadamente 3.5 bilhões de anos. Isso baseado em estudos de microfósseis, observando a dificuldade de indentificar tais organismos por serem muito pequenos. Apareceu agora uma seleção de investigadores de espécimes que tratam do assunto, havendo muitas reinvindicações de ficologistas quanto a aceitação da idade das cianobactérias. Baseado-se em trabalhos atuais o tempo hoje aceito de evolução e de aproximadamente 2.78 bilhoes de anos. (Buick, 1992; Brasier et al., 2002; Dalton, 2002)



As cianobactérias possuem clorofila a (algumas também clorofila b ou d), ficobiliproteínas, glicogênio como produto de reserva, e parede celular formada de amino-açucares e aminoácidos.

Por algum tempo, a ocorrência de clorofila b na parede de cianobactérias era usada como critéro para separar o lugar e o grupo dos organismos, os Prochlorophyita. O moderno sistema de sequenciamento de ácido nucleicos, no entanto, mostrou que a clorofila b envolve um tempo inferior aos da cianobacterias e o termo Prochrophyta foi descartado.

Morfologia

São seres morfologicamente simples, unicelulares de vida livre e envolvidos por um envelope mucilaginoso. Na sua evolução resultou-se a formação de uma fileira de células chamadas TRICOMA. Quando o tricoma tem um revestimento é chamado de Filamento. Há possibilidade de haver mais de um tricoma num filamento. Há muitos talus de ramificação num filamento. A maioria dos filamentos ramificados são uniseriados (compostos de um fileira de células) ou multisseriados ( compostos por mais fileiras).

Parede celular e Deslizamento

A parede celular das cianobactérias é basicamente um exemplo de parede celular Gram -. A camada externa de peptideoglicana forma a membrana celular.
A peptideoglicana é um enorme polímero composto de dois açucares derivados, sendo:
N-acetilglucosamineo e N -acetil murâmico, e diferentes tipos de aminoácidos.
Do lado de fora da peptideoglicana há um espaço periplasmático, provavelmente abastecido por redes soltas de fibras de peptideoglicano. há outras membranas externas no espaço periplasmático.
Algumas cianobactérias são capazes de deslizar, isto é, movimento ativo de alguns organismo em meio sólido onde não há nenhum organismo que os ajudem. O deslizamento é um movimento uniforme ( até 600 Mm s-1 em Oscillatoria) em direção paralela a um longo eixo de células e onde ocasionalmente podem ser interrompidas por direções reversas. O deslizamento é acompanhado por um constante secreção de limo que é deixado para trás como um reastro mucilaginoso. Algumas cainobacterias (Phormidium, Oscillatoria) possuem rotação durante o deslizamento, enquanto outras não possuem rotação ( Anabaena).
A parede celular de bactérias deslizantes têm duas camadas adicionais externas. A camada externa (S-layer) e uma camada de fibras semelhantes a pelos. Esta última são ultraperiféricas e compostas de gçlicoproteínas de bastonetes chamadas de OSCILLIN.
Quando a parede celular não possui capacidade de deslizamento esta contém proros juncionais de 15 nanômetros de diâmetro e irradia para fora do citoplasma num ângulo de aproximadamente 30-40 º relativo ao plano de cada septo.
O número de fileiras de oros juncionais em torno de cada lado ds sptos varia por um anel de circunferência em Phormidium e por vários poros em cinto em torno de esptos em Anabaena. Os poros justapostos tem 70-80 nanômetros ao longo de sua extensão totalizando múltiplas camadas na parede celular. Os poros são compostos de uma base titular e um poro exterior complexo.

O deslizamento ocrre por uma secreção de limo através de um poro juncional circunferente no lado de um septo. O limo passa em torno de fibras de Oscillin da camada externa da parede celular e em um substrato adjacente, propiciando o movimento do filamento a frente. A orientação das fibras de Oscillin das camadas externas detremina-se pelos filamentos rotativos durante o deslizamento. Em Anabaena, as fibras de oscillin tem movimento rotacional em sentido horário, enquanto em Lyugbya aeruginosa tem moviemnto em sentido Anti-horário, isso durante o deslizamento. Em Phormidium as fibras de oscillin não são espirais e não tem rotação.
O arranjamento de fibras em bastonetes serve portanto como um parafuso onde o limo passa por toda a superfície da alga. O deslizamento deixa de ocorre quando o limo para de sair do anel do poro juncional que fica ao lado do septo e quando o limo começa a sair do poro juncional em qualquer outro lado do septo.

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Fernanda Aires Guedes Ferreira

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